É nunca ter sido amado ou mesmo respeitado.
É não saber a diferença entre o amor e o abuso, um beijo que foi dado como a primeira parte de uma bofetada."
In Call the midwife, epis. 2
Na minha vida profissional lido diariamente com pobrezas.
E escrevo no plural, por que não lido apenas com a pobreza que deixa os bolsos e as carteiras vazios. Lido também com a outra pobreza, tão mais grave, tão mais danosa, em que os afectos são descurados, o respeito pela dignidade do ser humano esquecido e outros valores, tão ou mais importantes, relegados para segundo plano.
Uma e outra não se cruzam necessariamente, mas quando ambas estão presentes, em simultâneo, as perspectivas são ainda menos animadoras. Mas enquanto que a pobreza dos bolsos e/ou pratos vazios se pode ir colmatando com a solidariedade das instituições e dos cidadãos {e que é muita, acreditem}, a pobreza do não querer saber, da indiferença afectiva, da agressão e do abuso dificilmente é reparável em termos de saúde mental, deixando marcas profundas no ser, na auto-estima, naquilo que somos e seremos. E isto sim, é preocupante.
Uma e outra não se cruzam necessariamente, mas quando ambas estão presentes, em simultâneo, as perspectivas são ainda menos animadoras. Mas enquanto que a pobreza dos bolsos e/ou pratos vazios se pode ir colmatando com a solidariedade das instituições e dos cidadãos {e que é muita, acreditem}, a pobreza do não querer saber, da indiferença afectiva, da agressão e do abuso dificilmente é reparável em termos de saúde mental, deixando marcas profundas no ser, na auto-estima, naquilo que somos e seremos. E isto sim, é preocupante.
É uma grande verdade. E infelizmente cada vez há mais.
ResponderEliminarBeijinhos grandes.